Um dos mais famosos exemplos de sinestesia é o poema “Vogais”, do simbolista francês Arthur Rimbaud. Veja o poema em tradução de Augusto de Campos:
Vogais A negro, E branco, I rubro, U verde, O azul,
vogais, Ainda desvendarei seus mistérios latentes:
A, velado voar de moscas reluzentes Que zumbem ao redor dos acres lodaçais;
E, nívea candidez de tendas e areais, Lanças de gelo, reis brancos, flores trementes;
I, escarro carmim, rubis a rir nos dentes Da ira ou da ilusão em tristes bacanais;
U, ...
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