O vergalho
Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por
aquele Valongo* fora, logo depois de ver e ajustar a casa.
Interrompeu-mas um ajuntamento; era um preto que
vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir;
gemia somente estas únicas palavras: — “Não, perdão,
meu senhor; meu senhor, perdão!” Mas o primeiro não
fazia caso, e, a cada súplica, respondia com uma
vergalhada nova.
— Toma, diabo! dizia ele; toma mais perdão, bêbado!
— Meu senhor! gemia o outro.
— Cala ...
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