No poema ¨Rei é Oxalá, rainha é Iemanjá¨, o poeta inverte uma tradição hegemônica para valorizar as divindades de origem africana. Em uma atitude de respeito, ele se assume como parte dos negros que evocam os orixás para conclamar compreensão e alívio de suas angústias.
Rei é Oxalá que nasceu sem se criar.
Rainha é Iemanjá que pariu Oxalá sem se manchar.
Grande santo é Ogum em seu cavalo encantado.
Eu cumba vos dou curau. Dai-me licença angana.
Porque a vós respeito,
e a vós peço vingança
contra ...
↧